Fantasma

O primeiro romance de Nilton Resende

Num quarto de hospedaria há um ente formado pelos resíduos de todas as pessoas que estiveram por lá. Testemunha de cada visita, sua memória aos poucos torna-se afeto. Mas para essa presença, memória e afeto não bastam — é preciso mais.

Dez anos após a primeira edição do livro de contos Diabolô, Nilton Resende lança seu segundo livro de prosa, o romance Fantasma.

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O QUE SE DISSE SOBRE O LIVRO:

“Fantasma” é um escrito com atenção ao pormenor, o que se realiza com o vagar com que se detém num gesto, numa fala. A mim me lembra o melhor Pascal Quignard, sem que tenha nada a ver com ele a não ser a atenção à filigrana que muita vez nos escapa no quotidiano e, também, ao olhar de quem escreve; sabe-se que a pequena curva de um lençol pode conter tanto quanto a filosofia de Hamlet. Fiquei deveras impressionado, e só mesmo o tamanho do nosso país explica o desconhecimento de uma obra tão preciosa.”
Luiz Antônio Assis Brasil, escritor e professor de Escrita Criativa na PUCRS

“Fantasma” é uma joia. E Nilton Resende é também um dos melhores poetas brasileiros do nosso tempo.”
André Seffrin, crítico literário e ensaísta

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Clique aqui para ler as primeiras páginas do livro.

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TRECHO DO LIVRO:

Nos lugares, após frequentados por pessoas diversas, há sempre um pouco delas: odores, raspas de pele, pelos, salivas, lembranças sonoras, humores vários. Grudam-se às paredes, tecidos, pisos. Por vezes, varam-nos.
Os lugares todos são palimpsestos de visitas.

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Na capa de Nilton Resende e Ulysses Ribas para Fantasma, intervenção sobre obra “Sem título”, de Afonso Sarmento, gentilmente cedida para esta edição.

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Nilton Resende nasceu em Maceió/AL. É Professor Adjunto de Literatura da Universidade Estadual de Alagoas/Campus Zumbi dos Palmares, em que coordena os Grupos de Pesquisa Ensino de Literatura e Estudos da Narrativa. Integra a Cia. Ganymedes de teatro, para a qual adaptou a novela Mário e o mágico, de Thomas Mann, para o espetáculo O mágico (2007), que codirigiu e protagonizou. Publicou os livros O orvalho e os dias (poesia, 1998, 2007, 2019), Diabolô (contos, 2011, 2020), A construção de Lygia Fagundes Telles: edição crítica de Antes do Baile Verde (2016), Fantasma (romance, 2021). Tem contos e poemas traduzidos e publicados em revistas francesas e inglesas. É um dos administradores do perfil @BibliotecaLygiana, no Instagram. No cinema, tem trabalhado como roteirista, ator, preparador e diretor de elenco. Roteirizou e dirigiu os curtas metragens A barca (2020), baseado no conto “Natal na barca”, de Lygia Fagundes Telles, e A fresta (2023), baseado no conto homônimo, do livro Diabolô.

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