Diabolô

O QUE SE DISSE SOBRE O LIVRO:

“Diabolô”, coletânea de nove contos que marca a estréia de Nilton Resende no gênero, apresenta tal força que já pode ser considerado um dos destaques entre os lançamentos deste ano [2011]. É no equilíbrio tenso entre sua vigorosa veia narrativa e sua tendência a ser “excessivo”, derramado, agônico, isto é, de liberar a linguagem quase que sem freios, num ritmo fluvial, que Nilton Resende poderá produzir uma obra singular. Apesar da presença marcante do homoerotismo, sua escritura foge tanto dos clichês e apelações da infausta “literatura de gênero” quanto do “típico nordestino”. É prosa ficcional de primeira.
Alfredo Monte (1964–2018), crítico literário

Reconheci em “Diabolô” um contista refinado, de uma linguagem encantatória porque está sempre se recriando de um texto a outro, sempre surpreendendo. A par disso, traz um conteúdo humano solidário e forte.
Luiz Antônio Assis Brasil, escritor e professor de Escrita Criativa na PUCRS

TRECHO DO LIVRO:

E percebes o engano de achares que era o outro estendido sob o corpo da água — que o mar, que tu fizeste, sobre ele mesmo é vaga. E se afoga nele, sempre, todo o que incauto nada: vela, proa, leme, lume, todo propício aparato; braço e perna e nado é nada.

Manual do como manusear