À cata de berduegas

O segundo livro de poemas de Marta Eugênia

O passado talvez seja mais atual do que o que nos rodeia — e vigendo em nossa memória, é perfumes, cores, paisagens, flores do campo no casório da mãe. Por vezes, tudo isso emerge como poema.

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A palavra cansa de mim
como se me conhecesse
e soubesse magoar
com o jogo da indiferença
Minha mãe quando queria
obediência
passava de três dias
Era no terceiro o começo das dores

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Na capa de Everton Correia e Nilton Resende para À cata de berduegas, intervenção sobre “Hábito 09”, de Hilda Moura, gentilmente cedida para esta edição.

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Marta Eugênia nasceu na Bahia, e aos seis anos de idade veio morar no interior de Alagoas, em Arapiraca, onde fez graduação em Letras (Uneal) e se especializou em Linguística. Publicou seu primeiro livro de poemas, Quanto Tanto, em 2014. Tem participado de parcerias em composições de letras de música. É professora de Língua Portuguesa e Literatura. Atualmente, trabalha na Secretaria de Cultura do Município, com projetos voltados para Literatura, Arte e Cultura. Uma das idealizadoras da FLIARA – Feira Literária de Arapiraca, participou como Curadora em suas três edições.

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